A institucionalização de idosos, as suas causas e os seus efeitos

  Considera-se haver institucionalização do idoso quando este está durante todo o dia ou parte dele entregue aos cuidados de uma instituição que não a sua família, sendo os idosos residentes os que vivem vinte e quatro horas por dia numa instituição, Lar ou Residência.
(Jacob, 2007)
São variadas as causas que levam os idosos a serem institucionalizados.
Alguns estudos mostram que a decisão de institucionalização é causada pela inter-relação de três variáveis:
a) A crescente deterioração física;
b) A incapacidade ou falta de vontade dos cuidadores informais para prestar os cuidados que o idoso necessita e,
c) A falta de serviços comunitários que ajudem a manter uma vida independente.
(Tobin & Lieberman, 1976).
A institucionalização ocorre geralmente na sequência da incapacidade funcional, combinada com a ausência ou insuficiência de apoios sociais (Paúl, 1997).


A institucionalização dos idosos acarreta uma série de consequências.

  A imagem interiorizada dos asilos aparece associada à pobreza, ao abandono familiar e à marginalização social (Bazo, 1991).
  O que muitas vezes, é sinónimo de angústia nos idosos que ingressam nas instituições. Podendo com isto, segundo Paúl (1997), estar em risco de dependência, perda de controlo e desânimo.
  A institucionalização dos idosos implica quase sempre o abandono dos papéis familiares, nomeadamente os papéis de pais e de avós, originando sempre rupturas afectivas e a construção de novos afectos.

  Desta forma, para que a institucionalização seja o mais bem sucedida possível, é importante que os idosos não sintam que foram abandonados e que foram ali colocados para esperar a morte. Os idosos têm de sentir que, embora estejam a viver noutro local, a família continua a ter um papel fundamental na sua vida.